segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Tendências de moda

Sempre procuro deixar claro que não gosto da ideia de seguir tendências, pois isso, em vez de acentuar a personalidade da pessoa, a esconde, além de acentuar o consumismo não legal. Inevitavelmente, no entanto, precisamos saber o que está rolando de novidade se não quisermos ficar com um visual parado no tempo (o que envelhece a aparência, e nem eu nem você gostamos disso). Por esse motivo, estou abrindo uma exceção hoje para falar aqui no blog sobre o polêmico assunto. E, no próximo post, falarei sobre as tendências desta estação.




Embora segmentemos as tendências em estações, os conceitos gerais costumam se prolongar por dois ou três anos, pelo menos, com pequenas mudanças. Em geral, a silhueta se mantém mais estável, e as cores e os materiais variam mais. É claro que existem aquelas modinhas do momento, que duram apenas uma temporada, mas essas são justamente as mais descartáveis e menos cult. Sair comprando tudo o que é lançado, para quem entende de moda, é como um certificado de ignorância cultural. E não é recente, não: antigamente, eram as madames endinheiradas que faziam girar esse ciclo, como sinal de autoafirmação; hoje, as novelas e a televisão exercem o principal papel desencadeador no país.

Na verdade, temos de lembrar que o que define as tendências é a indústria, e muitas vezes as decisões sobre o que estará em alta estão muito mais relacionadas com o preço dos tecidos e com a experimentação de novas tecnologias do que com a criatividade dos estilistas. Além disso, ainda é comum o Brasil copiar muita coisa dos estilistas estrangeiros, pois estamos sempre uma estação atrás deles, e as celebridades divulgam antes o que será objeto de desejo.

Mas nem tudo está perdido. Há também a pesquisa de inovação e as contratendências, que alegram a vida de quem busca novidade. São criadores que se desprendem do caminho seguro em busca de uma moda mais autêntica. Geralmente assustam um pouco as clientes, mas sempre é possível pincelar peças mais usáveis nas coleções.

O segredo para seguir as tendências sem se tornar vítima da moda (e fazer papelão consumista) é selecionar. Ficar de olho nas novidades e adquirir somente aquilo que ressalte sua personalidade. Claro, para isso, é fundamental o autoconhecimento, a percepção do que lhe traz maior conforto: manter-se discreta, transmitir alegria, facilitar o dia a dia, etc. Só você pode saber o que é melhor para si.


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